Legendary Tiger Man "Life Aint Enough For You"
sexta-feira, 31 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Apatia
Na minha indiferença,
Sinto-me diferente…
Ao sorriso, ao sentir.
É a tal apatia do sonho,
Que fugiu, como foge o Quim!
Depois de fechar os olhos,
Já não brilho, nem disfarço.
Apenas brinco ao sono,
De mão dada com o cansaço.
Na minha diferença,
Sinto-me indiferente,
Às leituras, às escritas.
É a tal apatia do sonho.
Que fugiu, que fugiu de mim.
Sinto-me diferente…
Ao sorriso, ao sentir.
É a tal apatia do sonho,
Que fugiu, como foge o Quim!
Depois de fechar os olhos,
Já não brilho, nem disfarço.
Apenas brinco ao sono,
De mão dada com o cansaço.
Na minha diferença,
Sinto-me indiferente,
Às leituras, às escritas.
É a tal apatia do sonho.
Que fugiu, que fugiu de mim.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
A Morte absoluta
Morrer.
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.
Morrer sem deixar o triste despojo da carne,
A exangue máscara de cera,
Cercada de flores,
Que apodrecerão – felizes! – num dia,
Banhada de lágrimas
Nascidas menos da saudade do que do espanto da morte.
Morrer sem deixar porventura uma alma errante...
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?
Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,
A lembrança de uma sombra
Em nenhum coração, em nenhum pensamento,
Em nenhuma epiderme.
Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: "Quem foi?..."
Morrer mais completamente ainda,
Sem deixar sequer esse nome.
Manuel Bandeira
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.
Morrer sem deixar o triste despojo da carne,
A exangue máscara de cera,
Cercada de flores,
Que apodrecerão – felizes! – num dia,
Banhada de lágrimas
Nascidas menos da saudade do que do espanto da morte.
Morrer sem deixar porventura uma alma errante...
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?
Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,
A lembrança de uma sombra
Em nenhum coração, em nenhum pensamento,
Em nenhuma epiderme.
Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: "Quem foi?..."
Morrer mais completamente ainda,
Sem deixar sequer esse nome.
Manuel Bandeira
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