terça-feira, 22 de setembro de 2009

Guerrilheiros Urbanos

Como se tudo fosse uma guerra, mas daquelas guerras em paz, sem conflitos, talvez até seja estranho dizer isto desta maneira, talvez até nem tenha sentido nenhum o que estou a escrever, o certo é que em viagem, quer estáticas, quer móveis, partilhamos cicatrizes de outras batalhas, de outros combates e ao partilhar revivemos, porque combatemos sempre do mesmo lado, dividimos a caserna, trocamos balas e lançamos morteiros quase ao mesmo tempo, na mesma direcção.
Quando penso nisto, quando olho para o nosso Plutão, somos tão poucos… e não há Capitães, Tenentes, Coronéis, nem Majores sem medo de nada. Existem apenas direcções, coordenadas, caminhos traçados no instante, por vezes sem sentido ou qualquer tipo de lógica (talvez como este texto) mas chegamos lá… ao destino, ao campo de batalha, ao confronto com o inimigo… e somos tão “valentes” ao ponto de chorar as feridas ao som de uma música triste e nunca de uma música qualquer…
Não somos ex-combatentes de ultramar, nem tão pouco somos americanos frustrados que torturaram PESSOAS, invadem nações e compram “gentes” para fazer valer os seus reles ideais… Não, não somos desses combatentes, somos do outro lado, do lado em que a luta se faz com metáforas, algumas delas meias parvas como as deste aglomerado de palavras, apenas para dar exemplo.
Também não usamos fardas, uniformes, somos o que me apetecia chamar de Guerrilheiros Urbanos, sem líderes, nem regras implantadas... livres. Temos apenas um único ideal, estar na frente da batalha e não esperamos qualquer tipo de condecoração solene, homenagens honrosas ou qualquer tipo de regalias.
Contudo, serve isto para dizer, que se me sair o Euromilhões esta Sexta-Feira, farei uma estátua nossa no meu quintal, na qual terá o seguinte dizer:

Hasta la victoria siempre !!!