Às vezes também tenho o direito de ser lamechas... e é tão bom... esta letra, o melhor que ele tem, diz tanto e tanto...o disco é novo, as dores são velhas... é desfrutar da escrita e fazer o favor de ouvir a música...
A porta fechou-se contigo,
Levaste na noite o meu chão,
E agora neste quarto vazio
Não sei que outras sombras virão.
E alguém ao longe me diz:
Há um perfume que ficou na escada,
E na TV o teu canal está aberto,
Desenhos de corpos na cama fechada,
São um mapa de um passado deserto.
Eu sei que houve um tempo
Em que tu e eu
Fomos dois pássaros loucos,
Voámos pelas ruas
Que fizemos céu,
Somos a pele um do outro.
Não desistas de mim,
Não te percas agora,
Não desistas de mim
A noite ainda demora.
Ainda sei de cor o teu ventre
E o vestido rasgado de encanto,
A luz da manhã,
O teu corpo por dentro,
E a pele na pele de quem se quer tanto.
Não tenho mais segredos,
Escondi-me nos teus dedos,
Somos metades iguais.
Mas hoje,
Só hoje,
Leva-me para onde vais
Que eu quero é dizer-te:
Não desistas de mim,
Não te percas agora,
Não desistas de mim
A noite ainda demora.
domingo, 25 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010
As cores
Pinto os dias de azul,
Sem sequer saber as cores.
Afogo-me num cinzento qualquer,
Calco largos riscos vermelhos,
E ainda não sei as cores.
Visto-me de preto.
Escorrego em algo verde,
E fico amarelo só de pensar.
Já de noite, quando acendem as luzes,
Reparo no laranja que brilha…
O cão, uiva em tons de lilás.
Coloco os tais óculos castanhos,
E descubro que sou daltónico.
Sem sequer saber as cores.
Afogo-me num cinzento qualquer,
Calco largos riscos vermelhos,
E ainda não sei as cores.
Visto-me de preto.
Escorrego em algo verde,
E fico amarelo só de pensar.
Já de noite, quando acendem as luzes,
Reparo no laranja que brilha…
O cão, uiva em tons de lilás.
Coloco os tais óculos castanhos,
E descubro que sou daltónico.
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