quarta-feira, 17 de outubro de 2007

De que me rio eu?...

De que me rio eu?... Eu rio horas e horas
só para me esquecer, para me não sentir.
Eu rio a olhar o mar, as noites e as auroras;
passo a vida febril inquietantemente a rir.

Eu rio porque tenho medo, um terror vago
de me sentir a sós e de me interrogar;
rio pra não ouvir a voz do mar pressago
nem a das coisas mudas a chorar.

Rio pra não ouvir a voz que grita dentro de mim
o mistério de tudo o que me cerca
e a dor de não saber porque vivo assim.


António Patrício

2 comentários:

Anónimo disse...

No silêncio da noite, beijei-te.
Tinha o mar como testemunha
Nesse dia senti-te e toquei-te
Mais tarde... com o tempo
O tempo que fez a paixão
Vejo os teus olhos no meu corpo
Mato o sabor da solidão
Sussurra ao meu ouvido,
As palavras que tanto gosto
Aperta os meus lábios com os teus
Eu adoro-te, aposto...

Anónimo disse...

Esse mesmo mar que levou nas ondas todo o sonho...