sábado, 30 de outubro de 2010

Bala

É a constante ilusão de sentidos.
Um murmurar no ouvido,
Um sorriso ao fundo da escada,
E as duas lágrimas que se escondem.
São os velhos medos, os velhos dias.
São os amargos na boca,
E o fechar de olhos, pedido.
É o dilúvio que vem de dentro,
A fuga para o vazio.
É um abraço que não chega,
Que cai no choro contido.
E assim estou no tapete,
Meio para o estendido…
Uma bala que marca o peito,
É só mais um nos desconhecidos.

3 comentários:

Laurita disse...

Muito bom ;-)

bjos

Anónimo disse...

São marcas que nos magoam em silêncio. Feridas profundas que o tempo insiste em não apagar.

Lurdes disse...

Mt bem escrito, para além de todo o sentimento implicito, gosto especialmente do conjugar das palavras...

Parabéns, pelo excelente texto.

Bjos